O último dia 20 foi de grande tristeza para toda a Categoria dos Trabalhadores em Telecomunicações de Santa Catarina. Mais do que isso. Foi um dia de perda para quem é apaixonado pelo futebol e vive intensamente a história deste esporte tão emocionante e que mexe tanto com a nossa gente. Mais do que isso ainda. O dia 20 de outubro fica marcado para nós todos, de Florianópolis e do Estado, a data em que a alegria e a vibração de viver intensamente a vida ficou um pouco mais difícil. A partir de agora, contamos com menos um para promover deste clima feliz, da boa brincadeira, dos papos informais, das boas emoções com os colegas, amigos e família. Ficamos assim, órfãos do velho Bita, o Reinaldo Angeloni, que partiu para uma melhor, depois de ter nos deixado tantas boas recordações.
O Bita foi jogador de futebol. Jogou no Avaí e em tantos outros clubes. Foi um bom atleta, mas acima de tudo solidário, companheiro, como afirmou o craque Badu, seu parceiro azurra nos anos 70. Depois que pendurou as chuteiras profissionais, resolveu vestir a camiseta da Telesc e fez uma história bonita dentro da Empresa, onde criou uma nova legião de amigos e admiradores do seu enorme coração de menino.
O Bita não sabia negar ajuda a ninguém, principalmente aos seus amigos veteranos. Sempre teve um gesto pronto de solidariedade e incentivo a quem estivesse precisando. Sempre soube que o caminho da paz e do amor é o da caridade e por isso sempre foi tão querido por todos.
O Bita também era um brigão, mas um doce brigão, que não conseguia fazer cara feia por mais de alguns minutos com quem estava a sua volta. A voz alta, a emoção sempre à flor da pela, seja para apoiar ou protestar, era sempre a ante-sala de um forte abraço, com os olhos marejados.
Foi assim que ele se fez diretor do Sinttel-SC, foi assim que a Categoria o viu durante bons anos, numa militância cheia de demonstrações de justiça e da boa briga pelos direitos dos trabalhadores.
O Bita cumpriu sua missão. Distribuiu amores, carinhos, bondade, amizade, companheirismo e fez tudo que um menino, que um rapaz, que um homem, esposo, pai e amigo devem fazer. Cultivou a fraternidade, riu na maioria das vezes e foi bom, naquilo mais elevado que esta palavra consegue dizer.
O Bita não está mais entre nós, mas continua por nós, do seu velho jeito de sempre.
Com saudades,
a Categoria, os amigos e colegas de direção do Sinttel-SC