terça-feira, 6 de julho de 2010

BRTCC/ Na assembléia soberana da rejeição teve até “fiscal” da Empresa. Truculências serão denunciadas!

Na rejeição da proposta da Brasil Telecom Call Center – BRTCC para o próximo Acordo Coletivo, a Categoria e o Sinttel-SC fizeram o seu papel democrático e soberano de avaliar o que foi apresentado e negociado com a Empresa e deliberado.
A rejeição da proposta é um recado definitivo da Categoria – apoiada pelo Sindicato, de que nenhum Acordo será possível sem que a Empresa se digne a cumprir a Lei, ou seja, que pague aos seus empregados o Piso Regional Mínimo de R$ 616,00, conforme está assegurado na legislação estadual vigente e recomenda a Procuradoria do Ministério Púbico do Trabalho e a própria Justiça em decisões correlatas.
As imagens registradas pelos diretores do Sinttel-SC marcam a ampla participação da Categoria durante a assembléia realizada em frente da Empresa, no Bairro Itacorubi, em Florianópolis e o momento em que os votos eram escrutinados no Auditório do Sinttel-SC, com o acompanhamento sempre atento dos trabalhadores.
O BIZZARRO DA ASSEMBLÉIA - O fato que chamou a atenção na assembléia foi o aparecimento repentino de monitores, gerentes e supervisores da BRTCC que resolveram “fiscalizar” a votação dos empregados. Encostados no carro de som do Sindicato, aproveitando uma sombrinha e a folga durante a bisbilhotagem, os moços e moças espicharam o pescoço e os olhos para tentar conferir como a Categoria estava votando. A intenção dos “fiscais”, é claro, era intimidar e fazer uma pressão moral sobre os trabalhadores, numa tentativa de levar os trabalhadores a aprovarem um Acordo fora da Lei e miserável. Se deram mal, evidentemente. A Categoria deu a resposta que mereciam. O placar foi de 328 x 172: rejeitada a proposta!
Nas fotos (acima) que mostramos, nossa assessoria de comunicação tomou o cuidado de editar a imagem de forma a não identificar os “fiscais”, resguardando o caráter pessoal destes. O contorno mostrado registra apenas suas presenças, tristes, bizarras, fora de lugar e ineficazes.
RETALIAÇÕES DEPOIS DO VAREIO – A Brasil Telecom Call Center não reconheceu seus erros depois da rejeição. Parece que só conhecem a truculência como forma de tratar os empregados. No momento seguinte da assembléia, os monitores e supervisores passaram a espalhar o terror entre os trabalhadores, dizendo que a Empresa vai cortar o tíquete e suspender a assistência médica de todos. Dizem mais: que a Empresa não conversará mais com o Sindicato e que se o caso for parar na Justiça o impasse vai durar anos. Pelo jeito, os gestores da BRTCC, além de usarem só o terrorismo, também desconhecem os mecanismos jurídicos e passam até a debochar da própria Justiça. Tudo que estão dizendo não passa de mentiras, ameaças e mais irregularidades que vão ter repercussões jurídicas.
SINTTEL-SC VAI DENUNCIAR TERRORISMO – O Sindicato já está preparando um farto material, incluindo as imagens feitas, e denunciando à Superintendência do Ministério do Trabalho de Santa Catarina as práticas desatinadas e desrespeitosas desenvolvidas pela Empresa durante todo o processo negocial. A presença de pessoas estranhas nas assembléias da Categoria e do Sindicato e o comportamento repressor e de tentativa de constrangimento é uma afronta à organização sindical e à livre expressão dos trabalhadores garantida pela Constituição Federal. Todo este despreparo dos gestores da BRTCC será integralmente denunciado às autoridades devidas. Se a BRTCC não respeita seus trabalhadores e o Sindicato, terá que corrigir seu comportamento perante os Tribunais e a Lei.